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Por: Zara Barbosa

Autoestima

O Tripé da Autoestima

      Quando falamos de autoestima costumamos usar alguns conceitos importantes e que precisam ficar claros para que possamos entender exatamente do que estamos falando. Existem três desses conceitos que são fundamentais e que podemos dizer que eles formam o que chamamos de Tripé da Autoestima, tendo em vista que esses conceitos são uma base para a construção do que entendemos por autoestima. Mas afinal, que conceitos são esses? Aqui estou falando de autoconceito, autorrespeito e autoaceitação. Mas antes de falar sobre eles é preciso esclarecer o que é autoestima. 

      Apesar de ser algo subjetivo, o conceito que temos de Autoestima é de que ela é composta por um conjunto de sentimentos e pensamentos que nós, como indivíduos, temos sobre nosso próprio valor e competência, podendo refletir-se em atitudes positivas ou negativas em relação a nós mesmos. é importante termos em mente que o aspecto valorativo é um ponto fundamental da autoestima e que ele influencia na forma como elegemos metas, fazemos escolhas, nos posicionamos diante da vida, aceitamos a nós mesmos e como projetamos nossas expectativas para o futuro. Por isso, ter uma autoestima equilibrada e considerada saudável é importante para todos os aspectos da nossa vida. 

      O que seria então o Autoconceito? Podemos dizer, de forma bem sucinta, que ele é formado pelos pensamentos que tenho sobre mim. Sendo assim, o autoconceito corresponde à forma como penso e me sinto em relação a mim mesma. Pesquisas na área da Psicologia a Personalidade relacionam o autoconceito à condição do indivíduo de estar bem consigo e em relação ao meio social mais amplo. Ou seja, ele é influenciado pelo meio em que vivemos e por nossas relações sociais e como elas se constituíram. É importante termos clareza de que o autoconceito é permeado pelo que pensamos que os outros pensam de nós, não necessariamente correspondendo à realidade. Sendo assim, entendemos que o autoconceito diz respeito às nuances da imagem do indivíduo. Já a autoestima corresponde à sua autoavaliação, ou seja, a como o indivíduo se coloca frente ao mundo e aos sentimentos de como se vê.

      Um outro conceito que compõe esse tripé é o de Autorrespeito, que segundo o dicionário, é o respeito de um indivíduo por si próprio. Sendo assim, tem a ver com os sentimentos a respeito de si mesmo. A partir do nosso autoconceito, desenvolvemos sentimentos em relação a como nos enxergamos e nos sentimos diante da vida. Esses sentimentos são o que vão guiar nossas ações e escolhas diante das possibilidades que nos são apresentadas. Quando nossa autoestima não está bem, acabamos enxergando as coisas de forma distorcida e perdemos o respeito por nós mesmas, o que pode nos levar a agir de forma submissa e até dependente emocionalmente do que os outros podem pensar ou sentir em relação a nossa pessoa. Por termos um autoconceito negativo e uma autoestima baixa acabamos não respeitando nossas vontades e valores e os perdemos diante das demandas dos outros por medo de não sermos apreciadas ou de ficarmos só. Quando somos capazes de respeitar nossos valores, nossas necessidades e nosso modo de ser, demonstramos o quanto nos valorizamos. E, inevitavelmente, isso terá um impacto positivo no valor global que fazemos de nós mesmas, que é a autoestima.

      Por fim, como uma terceira ponta desse tripé, temos a Autoaceitação, que diz das nossas atitudes em relação a nós mesmas. Significa aceitar a si mesma como se é, gostar de si, respeitar e valorizar seus sentimentos e escolhas. É importante deixar claro que quando falamos de aceitar a si mesmo como se é não estamos falando em se conformar e não querer ou lutar por mudanças, sejam elas físicas ou comportamentais. O Psicólogo norte americano, Carl Rogers, já dizia: “curioso paradoxo, quando me aceito como sou, posso então mudar”. Quando olhamos para dentro, entendemos nossas emoções e sentimentos, compreendemos nossa história de vida e como chegamos onde estamos e a ser o que somos e conseguimos fazer as pazes conosco, com nossa imagem, nosso modo de ser e estar no mundo, nossas qualidades e defeitos, pontos fortes e fracos é possível valorizar tudo isso, respeitar todo esse conjunto e então decidir o que queremos manter ou o que queremos mudar, de forma consciente e baseado no que acreditamos ser melhor e não no que nos é imposto pelo meio em que vivemos. A autoceitação leva à valorização pessoal e a uma autoestima saudável.

      Portanto, levando em consideração que Autoestima diz de como você se enxerga e o que acredita sobre si mesma, então é fundamental ter clareza dos seus sentimentos, pensamentos e atitudes em relação a você mesma e como eles influenciam diretamente nas suas escolhas e ações diante da vida. Por isso que o nosso autoconceito, o fato de respeitarmos a nós mesmas e nos aceitarmos como somos são pontos extremamente importantes para a manutenção de uma autoestima saudável. 


Zara Barbosa,
Psicóloga da Mulher - CRP-17/2465